Centrais definem eixos para o 1º de Maio

unificado em Curitiba


Sete centrais sindicais decidiram ontem os eixos principais do inédito Ato Unificado de 1º de Maio, que acontecerá em Curitiba. A defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais, a exigência de emprego para todas/os, a defesa da democracia e da liberdade para Lula entre outros pontos, conformam os eixos da unidade fundamental neste momento grave para o povo brasileiro.

A INTERSINDICAL Central da Classe Trabalhadora tem muito claro o caráter histórico pela emancipação humana representado pelo 1º de Maio. Essa é a data principal da classe trabalhadora na sua luta pela transformação social e o fim da exploração do homem pelo homem.

Porém, o golpe de 2016 e sua agenda de desmontes, a reiterada quebra da institucionalidade por parte da representação política e jurídica do capital financeiro e a tentativa de, no tapetão, definir o resultado das eleições, como disse o companheiro Boulos sobre a prisão ilegal do presidente Lula, colocam outros desafios. Assim, o eixo da defesa do Estado Democrático de Direito foi incorporado ao chamado do Ato. Para a Intersindical, trata-se da defesa das liberdades democráticas e das garantias constitucionais tão agredidas pelo golpismo.

À defesa da democracia, somam-se, também, a luta pela distribuição de renda, pela valorização do salário mínimo, pela soberania e o desenvolvimento social e pela defesa do patrimônio público. A Intersindical considera fundamental também a unidade contra o fascismo, a violência e o ódio liberado pelo ovo da serpente chocado pela Rede Globo.

Eixos do Ato Unificado: Nenhum direito a menos. Contra a reforma trabalhista e defesa dos direitos sociais; Emprego para todos; Valorização do salário mínimo; seguridade e previdência social; políticas públicas; fortalecimento sindical; democracia e eleições livres. Justiça sim. Perseguição não. Liberdade para Lula. 

Lula Livre

Antes da reunião para definir o 1º de Maio, os presidentes e principais dirigentes das centrais participaram de um ato no acampamento da resistência em frente ao prédio da polícia federal onde Lula está preso. No mesmo local, se realizou uma coletiva de imprensa para comunicar a decisão de realizar o 1º de Maio Unificado.

Edson Carneiro Índio, Secretário Geral da Intersindical foi enfático: “A prisão em segunda instância afronta a Constituição Federal. Por outro lado, o juiz Moro conduziu um julgamento completamente subordinado ao calendário eleitoral. Todos os prazos e procedimentos da ”apuração e do julgamento” (entre aspas mesmo) foram ajustados para impedir o direito de Lula ser candidato.

Já a prisão visa calar Lula e impedir que o ex presidente fale com o povo. Enquanto isso, Moro, Globo, a maioria do judiciário e todo o condomínio golpista preservam intactos os direitos políticos dos candidatos comprometidos com o desmonte do Estado, com o fim dos direitos sociais e com a entrega da soberania e do patrimônio público para o capital financeiro.

Eixos aprovados na reunião do 1º de Maio Unificado 2018

Pelo Estado Democrático de direito;
Nenhum direito a menos;
Contra a reforma trabalhista e defesa dos direitos sociais;
Emprego para todos;
Valorização do salário mínimo;
Seguridade e previdência social;
Políticas públicas;
Fortalecimento sindical;
Democracia e eleições livres;
Justiça sim. Perseguição não;
Liberdade para Lula!